terça-feira, 8 de novembro de 2016

DESCONSTRUINDO A ESQUERDA.

Ser de esquerda há um ano era legal. Há um ano, eles tinham o monopólio do discurso. Há apenas um ano, quando um esquerdista falava, os outros se calavam. Mas não por concordarem com o que era dito. Se calavam por medo de dar uma opinião racional demais e ser taxado de insensível, de elitista, de não se importar com os pobres.

 Se calavam porque ninguém queria ser o primeiro a gritar que o rei estava nu. Há um ano, ter professor fazendo discurso de esquerda em sala de aula era algo totalmente aceitável, e até desejável. Afinal, era isso mesmo o que se esperava dos intelectuais, tão generosos e preocupados em resolver os problemas do mundo com suas teorias bonitas, elaboradas do alto de seus computadores Mac. 
Ninguém contestava. Ninguém se rebelava. Ninguém fazia nada. Ninguém queria ser o primeiro a gritar que o rei estava nu. Há um ano, ninguém ia para a frente da faculdade fazer "contragreve". 

Ninguém defendia publicamente a privatização de estatais e universidades. Ninguém se candidatava a nenhum cargo público com um discurso pró-mercado, e anticoisas grátis. Ninguém pressionava políticos a votarem contra um imoral salário vitalício (Jaques Wagner aprovou coisa pior por aqui, sem a menor dificuldade).

Por mais nu que o rei estivesse, ninguém queria ser o primeiro a dizer isso. Deu trabalho desconstruir o discurso bonito da esquerda, porque enquanto a gente se desdobrava em argumentos lógicos, equações matemáticas e leis da economia, a esquerda sempre jogou com as emoções. E com a emoção é difícil competir, ainda que o discurso não se sustente.

Ainda que a ideia defendida nunca tenha dado certo em lugar nenhum do mundo. Ainda que políticas de esquerda tenham levado o nosso país pro buraco.

 É como a menininha apaixonada pelo cafajeste. A razão grita pra ela desistir, partir pra outra. Mas aí o cidadão chega com flores, cheio de conversa bonita. Diz que mudou, que vão ser felizes juntos e... pimba! A emoção leva mais uma. Mas parece que essa menininha chamada Brasil já consegue ouvir a voz da razão.

 
 A esquerda cafajeste já não fala sozinha. Acabou o monólogo. Agora tem gente disposta a responder, cada vez que um espantalho é criado. Cada vez que uma falácia é empurrada como verdade absoluta. Cada vez que a Matemática é desafiada por ideias esdrúxulas. E isso deve ser realmente muito difícil pra eles. 

A esquerda está ferida. Está chateada, assustada. Está p... da vida! Mas não há mais muito a ser feito, meus caros esquerdistas. Vocês podem invadir escola, atrapalhar o trânsito com manifestações tolas, queimar faixa liberal em faculdade, encher o Facebook de textão vitimista, que não vai mais colar. 

Todos já sabemos que vocês são uma minoria que, por ser muito barulhenta, dava impressão de volume. Uma minoria que não vai mais ditar regra na vida da maioria. 

Agora as vozes dissonantes se encorajaram a gritar em coro que o rei está peladão! E isso não tem mais volta. 

Por falar em coragem adquirida tardiamente, após o fiasco do PT nas eleições, até o presidento já percebeu a pouca legitimidade da gritaria esquerdista e, ao que parece, será mais corajoso em suas medidas daqui pra frente. Pelas declarações recentes, será o fim das arregadas (amém!!)! 

Que ano triste para a esquerda brasileira. Que ano promissor para o Brasil!

(Priscila Chammas Dáu Salvador, Bahia)


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